sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Acidentes rodoviários matam mil crianças

Cerca de mil crianças morreram em acidentes rodoviários em Portugal, nos últimos 12 anos, tendo-se registado uma diminuição de óbitos superior a 70 por cento nesse período, segundo divulgou ontem a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI).
No Dia Europeu da Segurança Rodoviária, que ontem se assinalou, a APSI revelou os números de “mortes precoces e evitáveis” nas estradas portuguesas: mil crianças perderam a vida nos últimos 12 anos e por cada uma delas 130 ficaram feridas.
“Este tipo de acidentes continua a ser a maior causa de morte na infância e na adolescência”, sublinhou Sandra Nascimento, dirigente da APSI.
De acordo com a avaliação feita desde 1988, o número de crianças que morreram na sequência de um acidente rodoviário tem vindo a diminuir de forma significativa: 420 crianças até aos 17 anos mortas no triénio 1998/2000 e 115 no período 2007/2009, ou seja, uma diminuição de 73 por cento.
Segundo a APSI, no triénio 2007/2009 morreram, em média por ano, pelo menos 38 crianças até aos 17 anos, 359 sofreram ferimentos e 4.630 ferimentos ligeiros.
“Isto significa que todos os dias 14 crianças são vítimas de um acidente rodoviário em Portugal: oito passageiras, quatro como peões e duas enquanto condutoras”.
A APSI sublinha que quase metade das mortes aconteceu no grupo das crianças com mais de 14 anos (45 por cento).
Neste âmbito, a APSI alertou para o facto da maioria das crianças serem transportadas incorretamente no automóvel, apesar de serem cada vez mais as que viajam em cadeira colocada na viatura.
De acordo com os dados divulgados pela APSI, em 1996, só 16 por cento das famílias usavam “cadeirinhas” para transportar as crianças no automóvel, enquanto que este ano 83 por cento já o faz.
Apesar deste aumento, “apenas 40 por cento das crianças viajam devidamente protegidas”.
“A proteção incorreta mantém-se relativamente inalterada, desde 2001”, prossegue a APSI.

Dados revelam importância da utilização das “cadeirinhas”.
A associação diz que “o aumento da taxa de utilização de 'cadeirinhas' tem acompanhado a redução do número de mortes e feridos, o que demonstra, em grande parte, a eficácia das 'cadeirinhas' e a importância da sua utilização”.
A associação insiste na necessidade de algumas medidas como a generalização do Programa Alta Segura, que visa garantir que todas as crianças recém-nascidas são transportadas numa 'cadeirinha' quando têm alta hospitalar.
A APSI defende ainda a necessidade de mais profissionais de saúde com formação específica na área do transporte de crianças em viaturas.
A APSI é uma instituição particular de solidariedade social, que se pauta pela defesa dos direitos da criança e da família, a promoção da qualidade de vida e da cidadania, atuando no sentido de diminuir os acidentes nas crianças e adolescentes. in Jornal da Madeira 14/10/2010

1 comentário:

  1. Boa compilação de notícias interessantes. Já agora, é de registar que no dia 21 de Novembro será comemorado o Dia Mundial das Vítimas de Estrada. Poderás enriquecer o blogue com informações desse dia ou com actividades na escola. É apenas uma sugestão, porque já estão realizar um óptimo trabalho.

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